sexta-feira, 26 de março de 2010

Agradecimento !!!

Mensagem

O ILÊ ASÈ ÒNÍLÈWÁ ÀZÁNÀDÓ na pessoa da Yìálòrísà Teresa Tì Òmòlú e Bàbálòrísà Mário Tì Ìrókô e seus filhos vem agradecer a presença ilustre de todos os adeptos de nossa religião Bàbálòrísás, Yìálòrísàs, Èkédjìs, Ègbómyìs e outros pela presença para abrilhantar nossa noite do Festejo de ÒGÚN e com a ilustre Saída de Yìáwós. Não temos palavras para agradecer à presença de todos, sem vocês a nossa noite não seria tão contagiante.
Agradecemos imensamente e de coração a presença de todos que vieram de outras cidades, cidades, bairros nos prestigiar na linda noite de Lua da Feijoada de ÒGÚN !!!!


VOCÊ NÃO IMAGINA ...
como fiquei feliz ao receber a sua presença em nosso evento. Saiba que você é uma PESSOA QUE ADMIRO muito, alguém REALMENTE ESPECIAL, e receber esta SURPRESA fez o meu dia muito mais feliz. Tomara que a gente continue assim, sempre trocando gestos de AMIZADE e CONSIDERAÇÃO. Acho que a gente deveria viver assim, DISTRIBUINDO PALAVRAS AMIGAS e fazendo com que o amor se alastre pelo mundo. As palavras são impregnadas de VIBRAÇÕES, por isso não devemos PERDER nenhuma oportunidade de manifestar bons sentimentos.

Mòtúmbà aos nossos mais velhos e aos nossos mais novos !

Oa

quinta-feira, 18 de março de 2010

sexta-feira, 12 de março de 2010

Orixá Ogun

Ogum (em yoruba: Ògún) é, na mitologia yoruba, o orixá ferreiro[1], senhor dos metais. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura, e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odu etaogunda, odi e obeogunda, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba ogun.

Ogum é considerado o primeiro dos orixás a descer do Orun (o céu), para o Aiye (a Terra), após a criação, um dos semideuses visando uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o "primeiro orixá a vir para a Terra".

Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa "afundar na terra e não morrer", em um lugar chamado 'Ire-Ekiti'.

É também chamado por Ògún, Ogoun, Gu, Ogou, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode.[2]


Família

É filho de Oduduwa e Yembo, irmão de Xangô, Oxossi, Oxun e Eleggua. Ogum é o filho mais velho de Odudua, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Quando Odudua esteve temporariamente cego, Ogum tornou-se seu regente em Ifé.

Ogum é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Sua origem, de acordo com a história, data de eras remotas. Ogum é o último imolé.

Os Igba Imolé eram os duzentos deuses da direita que foram destruídos por Olodumaré após terem agido mal. A Ogum, o único Igba Imolé que restou, coube conduzir os Irun Imole, os outros quatrocentos deuses da esquerda.

Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de sete instrumentos de ferro: alavanca, machado, , enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.


O guerreiro

Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, "Rei de Irê". Tem semelhança com o vodum Gu.

Aspecto

Na Santeria Ogum é dono dos montes junto com Oshosi e dos caminhos junto com Eleggua. Representa o solitário hostil que vaga pelos caminhos. É um dos quatro Orishas guerreiros. Suas cores são o verde e preto.

No Candomblé Ogum é o Orixá ferreiro dono de todos os caminhos e encruzilhadas junto com seu irmão Exu, também é tido como irmão de Oxossi e uma ligação muito forte com Oxaguian de quem é inseparável, aparece como o Senhor das guerras e demandas, suas cores são Azul cobalto e o verde e na Umbanda sua cor é o vermelho.

Oferendas e danças

Sacrificam-se bodes, galos, galinhas-de-angola (macho), pombos, e patos. É importante fazer um sacrifício quando se tenha recebido algo do grande orixá, após ter prometido ou na Feitura de santo, (Iniciação). Todos os orixás masculinos (agboros) recebem sacrifícios de animais machos.


Diferentes mitologias

Ogum no Haiti (é um vodun haitiano, um loa) do fogo, do ferro, da caça, da política e da guerra. É o patrono dos guerreiros, e normalmente é mostrado com seus artefatos: facão e espada, rum e tabaco. Ogum é um dos maridos de Erzulie e foi marido de Oyá e Oshún na mitologia yorubá.

Tradicionalmente um guerreiro, Ogum é visto como uma poderosa divindade dos trabalhos em metal, semelhante à Ares e Hefesto na mitologia grega e Visvakarma na mitologia hindu. É representado, no Brasil, como São Jorge; como tal, é poderoso e triunfal, mas também exibe a raiva e destrutividade do guerreiro cuja força e violência pode virar contra a comunidade que ele serve.

Dá força através da profecia e magia, e é procurado para ajudar as pessoas a obter mais um governo que dê resposta às suas necessidades.


Fonte: Ogum - Wikipedia

Convite



ÒRÉ ÀTI ÀBÚRÒ MI

Òwòòwò Pèlú ayó pùpó ni mo fi kó ìpè yìí. Èmi fé wá níbí siré fùn Ogùn, ni Ojó 20 Março 2010, Ejè kí a fi ìpàdé se ìrántí kokànlelogún Ogún. Mú wá Òkùnrin àti obìnrin, Àwon Òmódé àti àgbàlàgbà.
Mo ò oni owó, àmò mo ni ayó àti àlàáfíà.
Èkú àbó.
Ìyálòrìsà Teresa ti’Omulú
Ojò 20/Março/2010 às 21h.
Òwòòwò mo júbà

segunda-feira, 8 de março de 2010

Iniciação Ketu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Iniciação é um rito de passagem candomblé.

Para saber se uma pessoa precisa ser iniciada ou não, no Candomblé, o Babalorixá ou Iyalorixá consulta o jogo de búzios no merindilogun, onde terá as respostas. Essa é uma das formas de saber. A outra é quando uma pessoa vai assistir uma festa de candomblé e entra em transe profundo. Esse transe é chamado de "Bolar no Santo" é a declaração em público do Orixá que quer a iniciação de seu filho, nesse caso o babalorixá vai consultar o jogo de búzios para saber qual é o Orixá e suas condições, se pode esperar ou se caso de urgência. Normalmente são feitos acordos com os Orixás para que aguardem até o filho ter condições financeiras e de férias para poder se recolher.

A primeira fase da iniciação ou feitura de santo na nação Ketu é de 21 dias, onde a pessoa fica em retiro longe da vida profana e da família, devendo desligar-se de tudo e dedicar-se totalmente aos ritos de passagem. Saliente-se que todo o ritual da iniciação não é público. Saliente-se também que essa iniciação só pode ser feita por uma pessoa iniciada, segundo as normas do candomblé só pode transmitir o Axé quem os recebeu de alguém iniciado na obrigação de Odu ijè.

Quanto ao fato da pessoa ser recolhida para ser Iaô, Ogan ou Ekedi, essa questão só é resolvida durante a iniciação. Se a pessoa entrar em transe será um Iaô elegun, se não entrar em transe e for homem, será um Ogan, se for mulher será uma Ekedi.

Barco de Iaô

A iniciação pode ser de apenas um Iaô ou pode ser de muitos. Nesse caso recebe o nome de "Barco de Iaô". Quando entra para fazer o santo sozinho será chamado de Dofono (homem) ou Dofona (mulher), por ser o primeiro e único.

No caso do barco, o primeiro Iaô será chamado de Dofono, o segundo dofonitinho, o terceiro será chamado de Fomo, o quarto de Fomutinho, o quinto de Gamo, o sexto de Gamutinho, o sétimo de Vimo, o oitavo de Vimutinho, o nono de Gremo, o decimo de Gremutinho, o décimo primeiro de Caçula e daí por diante. Essa sequência de nomes é usada na maioria das casas de candomblé de cultura Jeje-nagô.

Já houve barcos com quinze Iaôs, mas isso é muito raro, pois implica muito trabalho e dedicação de muitas pessoas para cuidar dos Iaôs. A maioria das casas recolhe no máximo três ou quatro. Existem Orixás que não podem ser iniciados junto com outros; nesse caso será recolhido sozinho.

Iniciação

Nos 3 primeiros dias a pessoa ficará descansando e fazendo os ebós de limpeza, que serão apurados no jogo de búzios e tomando banhos com folhas sagradas e abô. Ficará recolhida no roncó (quarto específico de recolhimento) próximo ao peji e será feita a primeira obrigação, que é o bori. No final dos três dias é suspenso o bori e passa para as fases seguintes.

Em seguida começa a contar o período de 16 dias. Aí tem início o longo aprendizado das rezas, costumes, práticas, lendas, histórias e a iniciação propriamente dita, que consiste em raspar a cabeça, fazer curas (pequenos cortes), assentamento do orixá, serão oferecidos animais, comida ritual, flores e frutas.

Saída de Iaô

Segunda saída de Iaô, pintura colorida candomblé.

No final tem a festa que é chamada de "saída de iaô", essa festa é dividida em 4 partes: A primeira saída no barracão é interna sem a presença do público, somente os membros da casa estarão presentes. Pode ter variação de uma casa para outra ou de nação para nação, uns fazem três saídas públicas outros fazem quatro.

Inicia-se o candomblé normalmente despachando o Padê (pode ser despachado durante o dia também, depende da casa) e canta-se algumas cantigas para cada um dos Orixás, enquanto isso os Iaôs estão sendo preparados para a primeira saída no barracão de festas.


Na primeira saída pública o Iaô sai do roncó (nome dado ao quarto onde ficam recolhidos) para o barracão todo vestido de branco, essa saída é em homenagem a Oxalá, trás na testa uma pena vermelha chamada Ekodidé e na parte superior da cabeça o adoxu e pintado com efun, ele vem acompanhado de sua mãe pequena, da Iyalorixá e todos que ajudaram na feitura. Nessa saída o Iaô deverá saudar a porta, os atabaques o Axé do centro do barracão onde estar o fundamento da casa e a Iyalorixá. Em seguida é recolhido para mudar de roupa.


A segunda saída pública do Iaô no barracão as roupas são coloridas em homenagem à todos os orixás e a pintura é feita com o pó azul wáji, branco efun, e vermelho osùn. O Iaô sendo de oxalá ou determinados orixás funfuns a roupa não pode ser colorida, predominando o branco, todavia a pintura colorida seja relevante em quantidade discreta.

Momento mais esperado da iniciação

Orunkó. Hora do nome do Iaô candomblé.

A terceira saída do Iaô é a mais esperada por todos da comunidade, nota-se um momento de tensão muito grande e a expectativa dos sacerdotes que contribuíram nesta sagrada iniciação, que pode ser afirmada ou negada pelo noviço de que tudo foi bem feito ou não, com o grito triunfal do seu nome. Novamente o Iaô é trazido ao ile axé, desta vez sem a pintura geral, só com uma pintura de wáji no centro da cabeça (cuia de wáji) ou borilé (ritual feito com ejé do pombo branco) e ornado com penas do mesmo. O Orixá dirá seu Orunkó para todos ouvirem, nesse caso é escolhida uma pessoa (normalmente um Babalorixá ou Iyalorixá de outra casa) presente para tomar o nome do Orixá, são feitas algumas cerimônias onde a pessoa pergunta por três vezes o nome do Orixá e na terceira ele grita em voz alta seu Orunkó para todos ouvirem. Depois do nome dado o Iaô é recolhido novamente para trocar a roupa.


A quarta e última saída o Orixá vem todo paramentado com roupas e ferramentas características de cada Orixá, para dançar e ser homenageado por todos os presentes. No final canta-se para Oxalá e a festa é encerrada.

Banquete

Banquete no ritual de candomblé.

Quando é encerrado o candomblé todas as filhas da casa ocupam seus postos e começam a distribuir a comida ritual do banquete farto. Sempre tem comida para todos e sempre sobra. Esse banquete é composto de cabritos assados ou cozidos, galinhas, patos, pombos, canjica, milho cozido, inhame, pipoca, acaçá e acarajé. Toda comida ritual servida ao Orixá é distribuída para os presentes. Muitos candomblés não permitem bebidas alcoólicas e nesse caso é servido o Aluá. Nas casas que permitem, é servido refrigerante e cerveja.

Algumas casas atualmente não servem comida de santo para os presentes. Dependendo das posses do iniciado, poderá se contratar um Buffet para o banquete, onde serão servidos aos convidados todos os requintes contratados.

Seguimento da iniciação chamado Urupim.

No mesmo dia ou não, dependendo do costume da casa, as luzes elétricas são desligadas, e inúmeras velas são acesas, ouve-se um cântico tristonho como nos rituais fúnebres axexê, o Iaô cercado dos mais velhos, Iyaefun, Iyadagan, iyamorô, Iyabassê Iyakekerê e puxada pelo Babalorixá ou Iyalorixá é trazido do peji ao ile axé com um alguidá ou balaio coberto com pano branco e ornado com flores brancas e mariwô, contendo inúmeros objetos, comida ritual e o cabelo rapado no inicio da obrigação. Este ritual é denominado pelo povo do santo de carrego de urupim e pode ser assistido por alguns membros da comunidade, mas não chega a ser uma festa pública, fechando um ciclo do rito de passagem de abiã "não nascido" para iaô "noviço ou recém nascido".

Passada a festa o Iaô ficará mais uns dias na roça dependendo do jogo de búzios e a confirmação no merindilogun, depois será levado para sua casa pela Iyalorixá que a entregará a sua família.

Ritual do Panã.

O iaô ainda desorientado devido ao longo período de transe e clausura, com os movimentos ainda trôpegos, recebe orientação do seu Babalorixa ou Yalorixa para executar as tarefas que serão usadas em seu dia a dia, tais como varrer, costurar, lavar, passar, sentar-se à mesa, cozinhar, etc. Numa dramatização muito divertida onde todos da comunidade tem um grande prazer de participar, rindo e até mesmo ajudando o novo iniciado. O ritual de apanã tem a finalidade de fazer com que o noviço reaprenda as atividades do mundo profano e cotidiano, para que nada lhe seja prejudicial no futuro e também entenda que já é hora de voltar à sua vida normal, apesar de aproveitar mais um pequeno período do seu mundo sobrenatural, estabelecendo neste momento o ewo temporário ou permanente, que o noviço terá a responsabilidade de obedecer, finalizando este ritual com outro rito chamado Kàrô (juramento feito diante do obi e uma quartinha).

Caída de kelê

Kelê de Obaluaye colocado em uma escultura do próprio orixá para tirar a foto - candomblé.

Porém a Iaô ainda não terminou as obrigações terá ainda que cumprir um resguardo normalmente de três meses e continuar usando o kelê (uma gargantilha de contas) que foi colocada em seu pescoço no início da feitura de santo. Durante esses três meses o Iaô continuará dormindo numa esteira, usará roupas brancas e seguir uma série de restrições denominada de ewo. Terminado o período de quelê, é feita a retirada do mesmo e outra festa é feita para comemorar a comumente chamada "caída de quelê".

É o período mais difícil para o Iaô que precisa voltar a trabalhar, muitos se iniciam no período de férias do trabalho e quando termina as férias precisam voltar para um ambiente onde sem dúvida será notado por todos, discriminado por alguns e terá que se manter calado, terá muitos problemas na hora das refeições, pois está proibido de entrar em bares e restaurantes, terá que levar uma marmita e aceitar os olhares de curiosidade.

Algumas casas atualmente por esse motivo têm feito alguns acordos com os Orixás para que o Iaô que precisa trabalhar já saia da roça sem o kelê, mas terá que cumprir todos os itens do resguardo nos mínimos detalhes. Nesse caso não precisará usar somente branco, poderá usar roupas de cores bem claras como azul, rosa, bege, cinza, tudo para não chamar muito a atenção. Existem casos de firmas que o uniforme é preto, marrom, azul marinho, nesses casos o Orixá permite, não vai querer que seu filho perca o emprego.

Obrigações

Iyawo São os novos iniciados de Òrìsà da Casa de Candomblé, durante o período de sete anos, e serão subordinados pelas pessoas de Cargos/Posto da casa. E deve obediência aos seus mais velhos. E deverão concluir suas obrigações de 1, 3 e 7 anos. Ser Iyawo, além de outros preceitos, é permanecer recolhido por um período de 14 a 21 dias, passando por doutrinas e funda-mentos, para conceber a força do Òrìsà. Saem da vida material e nascem na vida espiritual com um novo nome orùnkò. O Mòócan e os Delègún são os comprovantes e o diploma do iniciado

Obrigação de um ano

(Odueta) ou (odú Kíní) É às obrigações muito importantes é considerada como fim do resguardo do Iyawo após sua iniciação. Somente esta obrigação dará ao iniciado à liberdade de viver materialmente sem restrições na sociedade e no seu convívio familiar e pessoal.

Até fazer um ano de feitura ou pagar sua obrigação de um ano (odú Kíní), ainda terá algumas restrições (ewo temporário. como cortar cabelo, tomar banho mar e outros. Será feita a obrigação de um ano de feitura, uma nova festa para comemorar a data onde serão oferecidos comida ritual, frutas e flores.

Obrigação de três anos

(Oduiká) Esta obrigação é considerada a confirmação da continuidade do iniciado no Àsè, e já está autorizado a conceber o seu ajuntó, e a começar ser liberado e graduado pelo seu Bàbálòrìsà, a usar fios com Seguis e Bràjà, e poderá deixará de usar Mòócan e Delègún. (conforme orientação do Bàbálòrìsà)

Outra obrigação é feita aos três anos de feitura (odú kétà), algumas casas ou nações fazem também uma de cinco anos, mas no candomblé ketu considera-se um ano, três e sete anos. Ele ou ela permanecerá como Iaô até completar os sete anos de feitura e fazer a obrigação de sete anos (odu ejé).

Obrigação de sete anos

(Oduijé) ou Odu ejé (a pronúncia do acento é fechada) É uma das maiores obrigações de uma casa de Candomblé, que todos os iniciados serão obri-gados a tomarem sem exceções. Com essa obrigação o iniciado poderá receber Posto, Titulo e direitos de independência do seu Bàbálórísà.

Só quando fizer a obrigação de sete anos Odu ejé é que será considerado um Egbomi.

A obrigação de sete anos é tão grande e importante quanto a feitura, nessa obrigação é que será definido se o Egbomi irá abrir uma casa ou não. A Iyalorixá entregará para o Egbomi no ato da festa seus pertences (jogo de búzios, pembas, favas, sementes, tesoura, navalha, tudo que vai precisar para iniciar Iaôs) no Ketu é chamdo Odu Ijê com Oyê, em outras nações é chamado de Deká, Peneira, Cuia, etc.

Caso o Orixá da pessoa não queira abrir uma casa e queira continuar na roça da Iyalorixá, o Orixá depositará os objetos recebidos nos pés da Iyalorixá e sua filha não abrirá uma casa, continuará na roça onde normalmente receberá um posto para ajudar a Iyalorixá.

Quando o Orixá aceita a Egbomi receberá todas as homenagens dos presentes pois está sendo consagrada como uma nova Iyalorixá se for homem Babalorixá. Nesse caso terá que providenciar uma casa para onde será levado seu Orixá e iniciar um novo Ile axé.

Oiye & Deka - OIYE * quer dizer titulo independência, são pessoas que já tomaram seus sete anos e necessitam de um TITULO dado pelo seu Bàbálòrìsà, para serem independentes e Zeladores (as) de Òrìsàs. sacerdócio. Esse Oiye pode ser também um cargo na casa do babalorixá onde fez a obrigação.

- DEKA É autorização (direitos) de conduzir a sua própria casa de Candomblé, atendimento de seus adeptos e consulentes, jogar búzios, tirar ebós e iniciar pessoas no Òrìsà etc.. Na nação Jeje receberá um Húnjèbé é o Titulo de sacerdócio exclusivo da nação Jeje e um amuleto do Egbònme, é o diploma dado pelo Bàbálórísà para dar continuidade nas doutrinas e nos fundamentos dos Òrìsàs.

Iniciação de Ogans e Ekedis

Para os cargos ou postos de Ogan e Ekedi normalmente são pessoas escolhidas pela Iyalorixá ou por algum Orixá da casa, serão pessoas de sua inteira confiança, pois ficarão com a responsabilidade de zelar da casa e da festa enquanto a iyalorixá estiver em transe.

Uma vez que não entram em transe, Ogans e Ekedis passam por todos os preceitos que passam os Iaôs inicialmente e até um determinado momento, mas durante o desenrolar da obrigação constatado que não entrará em transe, é confirmado através do jogo de búzios no merindilogun o Orixá que trará o Orunkó do Ogan ou da Ekedi na festa.

Se foi escolhido pelo Orixá da Iyalorixá ou Babalorixá ou pelo Orixá de uma das Egbomis da casa, o Orixá que o escolheu é que sairá no barracão acompanhando o iniciado. Nesse caso a festa não terá tantas saídas como as saídas de Iaô. Mas no final terá o mesmo banquete de confraternização entre todos presentes.

Quanto ao resguardo e ewo também não será igual ao do Iaô, será de acordo com o jogo de búzios, mas geralmente é de 21 dias de Quelê e normalmente cumpridos na roça, no caso de impossibilidade por motivo de trabalho, sai de manhã para trabalhar e vem dormir na roça até terminar o período de Quelê.


Fonte: Wikipédia

sábado, 6 de março de 2010

ORANIAN

"Orànmíyàn (Oranian) foi o filho mais novo de Odùduà e tornou-se o mais poderoso de todos eles; aquele cuja fama era a maior em toda a nação Iorubá. Tornou-se famoso como caçador desde a juventude e, em seguida, pelas grandes, numerosas e proveitosas conquistas que realizou ."


Foi o fundador do reino de Oyó. Uma de suas mulheres, Torosí (Torosi), filha de Elémpe, o rei da nação Tapá (ou Nupê), foi a mãe de Xangô, que, mais tarde, subiu ao trono de Oyó... Oranian foi concebido em condições muito singulares, que sem dúvida, espantariam os geneticistas modernos. Uma lenda relata como Ogum, durante uma de suas expedições guerreiras, conquistou a cidade de Ogotún, saqueou-a e trouxe um espólio importante.


Uma prisioneira de rara beleza chamada Lakanjê agradou-lhe tanto que ele não respeitou sua virtude. Mais tarde, quando Odùduà, pai de Ogum, a viu, ficou perturbado, desejou-a por sua vez e fez dela uma de suas mulheres. Ogum, amedrontado, não ousou revelar a seu pai o que se passara entre ele e a bela prisioneira. Nove meses mais tarde, Oranian nascia.


O seu corpo era verticalmente dividido em duas cores. Era preto de um lado, pois Ogum tinha a pele escura, e pardo do outro, como Odùduà, que tinha a pele muito clara..

Essa característica de Oranian é representada todos os anos em Ifé, por ocasião da festa de Olojó, quando o corpo dos servidores do Oòni é pintado de preto e branco.


Eles acompanham Óòni de seu palácio até Òkè Mògún, a colina onde se ergue um monólito consagrado a Ogum. Essa grande pedra é cercada de màrìwò òpè, franjas de palmeiras desfiadas, e, nesse dia, os sacrifícios de cão e galo são aí pendurados. Óòni chega vestido suntuosamente, tendo na cabeça a coroa de Odùduà. É uma das raras ocasiões, talvez mesmo a única do ano, em que ele a usa publicamente, fora do palácio.


Chegando diante da pedra de Ogum, ele cruza por um instante sua espada com Osògún, chefe do culto de Ogum em Ifé, em sinal de aliança, apesar do desprazer experimentado por Odùduà quando descobriu que não era o único pai de Oranian..

Oxaguian é Oxalá moço. Sempre de branco. Usa espada, escudo e mão de pilão. Guerreiro, seu dia da semana é sexta-feira. Come cabra, e é o dono do inhame.


(Do livro "Lendas Africanas dos Orixás de Pierre Fatumbi Verger e Carybé - Editora Corrupio)

OXAGUIÃ

Exê êêê


Oxaguiã era o filho de Oxalufã. Ele nasceu em Ifé, bem antes de seu pai tornar-se o rei de Ifan. Oxaguiã, valente guerreiro, desejou, por sua vez, conquistar um reino. Partiu, acompanhado de seu amigo Awoledjê. Oxaguiã não tinha ainda este nome. Chegou num lugar chamado Ejigbô e aí tornou-se Elejigbô (Rei de Ejigbô). Oxaguiã tinha uma grande paixão por inhame pilado, comida que os Iorubás chamam iyan. Elejigbô comia deste iyan a todo momento; comia de manhã, ao meio-dia e depois da sesta; comia no jantar e até mesmo durante a noite, se sentisse vazio seu estômago!


Ele recusava qualquer outra comida, era sempre iyan que devia ser-lhe servido. Chegou ao ponto de inventar o pilão para que fosse preparado seu prato predileto! Impressionados pela sua mania, os outros orixás deram-lhe um cognome: Oxaguiã, que significa "Orixá-comedor-de-inhame-pilado", e assim passou a ser chamado.


Awoledjê, seu companheiro, era babalaô, um grande adivinho, que o aconselhava no que devia ou não fazer. Certa ocasião, Awoledjê aconselhou a Oxaguiã oferecer: dois ratos de tamanho médio; dois peixes, que nadassem majestosamente; duas galinhas, cujo fígado fosse bem grande; duas cabras, cujo leite fosse abundante; duas cestas de caramujos e muitos panos brancos.


Disse-lhe, ainda, que se ele seguisse seus conselhos, Ejigbô, que era então um pequeno vilarejo dentro da floresta, tornar-se-ia, muito em breve, uma cidade grande e poderosa e povoada de muitos habitantes.


Depois disso Awoledjê partiu em viagem a outros lugares. Ejigbô tornou-se uma grande cidade, como previra Awoledjê. Ela era arrodeada de muralhas com fossos profundos, as portas fortificadas e guardas armados vigiavam suas entradas e saídas. Havia um grande mercado, em frente ao palácio, que atraía, de muito longe, compradores e vendedores de mercadorias e escravos.


Elejigbô vivia com pompa entre suas mulheres e servidores. Músicos cantavam seus louvores. Quando falava-se dele, não se usava seu nome jamais, pois seria falta de respeito. Era a expressão Kabiyesi, isto é, Sua Majestade, que deveria ser empregada. Ao cabo de alguns anos, Awoledjê voltou. Ele desconhecia, ainda, o novo esplendor de seu amigo. Chegando diante dos guardas, na entrada do palácio, Awoledjê pediu, familiarmente, notícias do "Comedor-de-inhame-pilado".


Chocados pela insolência do forasteiro, os guardas gritaram: "Que ultraje falar desta maneira de Kabiyesi! Que impertinência! Que falta de respeito!" E caíram sobre ele dando-lhe pauladas e cruelmente jogaram-no na cadeia.

Awoledjê, mortificado pelos maus tratos, decidiu vingar-se, utilizando sua magia. Durante sete anos a chuva não caiu sobre Ejigbô, as mulheres não tiveram mais filhos e os cavalos do rei não tinham pasto. Elejigbô, desesperado, consultou um babalaô para remediar esta triste situação.


"Kabiyesi, toda esta infelicidade é consequência da injusta prisão de um dos meus confrades! É preciso soltá-lo, Kabiyesi! É preciso obter o seu perdão!" Awoledjê foi solto e, cheio de ressentimento, foi-se esconder no fundo da mata. Elejigbô, apesar de rei tão importante, teve que ir suplicar-lhe que esquecesse os maus tratos sofridos e o perdoasse.

"Muito bem! - respondeu-lhe. Eu permito que a chuva caia de novo, Oxaguiã, mas tem uma condição: Cada ano, por ocasião de sua festa, será necessário que você envie muita gente à

floresta, cortar trezentos feixes de varetas.


Os habitantes de Ejigbô, divididos em dois campos, deverão golpear-se, uns aos outros, até que estas varetas estejam gastas ou quebrem-se".

Desde então, todos os anos, no fim da seca, os habitantes de dois bairros de Ejigbô, aqueles de Ixalê Oxolô e aqueles de Okê Mapô, batem-se todo um dia, em sinal de contrição e na esperança de verem, novamente, a chuva cair. A lembrança deste costume conservou-se através dos tempos e permanece viva, também, na Bahia.


Por ocasião das cerimônias em louvor a Oxaguiã, as pessoas batem-se umas nas outras, com leves golpes de vareta... e recebem, em seguida, uma porção de inhame pilado, enquanto Oxaguiã vem dançar com energia, trazendo uma mão de pilão, símbolo das preferências gastronômicas do Orixá "Comedor-de-inhame-pilado."

Exê ê! Baba Exê ê!

Odùdúwà

Odudua, também considerado entidade FUNFUN, recebeu de Olorum, o elemento terra, com o qual ela criou o AIYÉ. Sua cor é preta (azul escuro), por ser representante do AIYÉ. Oxalá e Odudua (ODUDUWA) são cultuados no mesmo dia (sexta-feira) e em alguns terreiros, os dois conceitos são confundidos.


O arquétipo do filho de Odudua, do ponto de vista físico, é semelhante ao tipo Oxalá. São magros, franzinos, nervosos e secos como a terra. Mas ao contrário do tipo Oxalá, os filhos de Odudua são violentos e agresssivos, fechados, inseguros e angustiados, tornando-se às vezes susceptíveis, impacientes, intolerantes e desconfiados. Invejosos, vingativos, perseguem aqueles cuja felicidade ou êxito é para eles uma afronta. Sabem manipular os outros e toda sua força está em uma inteligência curiosa, de senso crítico e de ironia ferina. É dominador, autoritário e no trabalho é exigente, perfeccionista e minucioso.


Odudua é mais um personagem histórico que Orixá. Guerreiro temível, invasor e vencedor dos IGBÔS. Fundador da cidade de Ifé e pai dos reis de diversas nações Iorubás.

Odudua tornou-se objeto de culto após sua morte, estabelecido no âmbito dos cultos dos ancestrais.

AS PESSOAS QUE CULTUAM ODUDUA NÃO ENTRAM EM TRANSE. ORA, A ENTRADA EM TRANSE É CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL DO CULTO AOS ORIXÁS.


Odudua teria vindo do leste, no momento das correntes migratórias causadas por uma invasão berbere no Egito. Esse fato provocou deslocamentos de populações inteiras, expulsando-se progressivamente, uma às outras, em direção ao oeste, para terminar em BORGU, também chamada região do Egito ou mesmo de MECA e, segundo outros, de um lugar perto de Ifé, chamado OKÉ-ORA, onde os invasores teriam habitado durante várias gerações.


Precisamos falar aqui das extravagantes teorias do Padre Baudin e dos seus compiladores, encabeçados pelo Tenente-Coronel A. E. Ellis, sobre as relações existentes entre Obàtàlá e Odudua. Mal informado e dotado de uma imaginação fértil, o reverendo padre expôs no seu livro sobre as religiões de Porto Novo (que não é país Iorubá) informações erradas, às quais nos referimos nos escritos sobre Xangô e Iyemojá.


O Padre Baudin feminiliza Odudua para fazer dele a companheira de Obàtàlá (ignorando que este papel era desempenhado por Iyemowo). Fechou este casal Obatalá-Odudua (formado por dois machos), numa cabaça e construiu, partindo dessa afirmação inexata, um sistema dualista, recuperado com proveito por posteriores estruturalistas, onde Obàtàlá (macho) é tudo o que está encima e Odudua (pseudofêmea), tudo o que está embaixo; Obàtàlá o espírito e Odudua a matéria; Obàtàlá é o firmamento e Odudua a terra.


A obra de Baudin, copiada por Ellis, foi o ponto de partida de uma série de livros escritos por autores que se copiaram uns dos outros sem colocar em questão a plausibilidade do que fora escrito por seus predecessores. O padre Labat constatava já com certa ironia em 1722 que certas informações foram dadas por uma quantidade de autores e acrescentava: "mas talvez seja a opinião daquele que as escreveu primeiro e que os outros seguiram copiando sem se inquietarem se elas estavam bem ou mal fundamentadas". A respeito de Odudua, acumulou-se com o tempo uma vasta documentação escrita, tida como erudita porque é constituída de textos inspirados por escritos inexatos e contrários à verdade.


Esta tradição "erudita" continuou a reinar entre os pesquisadores na África. O padre Bertho publicou em 1950 um artigo, onde ele declarava ter visto em Porto Novo, no antigo Palácio Akron, um altar dedicado ao casal de divindades Lissá-Odudua. Lissá era representado por uma cabaça branca na frente de um muro pintado de branco, enquanto Odudua o era por uma cabaça preta sobre um muro preto.


A realidade era outra. O padre Bertho fizera uma terrível mistura, pois Lissá é para os fons, o nome de Orixalá dos Iorubás, como Odudua o é para os habitantes de Porto Novo. O par era formado por uma única divindade. Havia, na realidade, uma cabaça branca e uma parte do muro pintada de branco, mas era para Dudua (que segundo Bertho, seria preto). Quanto a cabaça preta e o muro preto, eles eram avermelhados, em homenagem a Xangô.


Lembramos que há, entretanto, um casal do qual faz parte Orixalá, mas sua mulher é Iyemowo. Ela pode ser vista sob forma de imagens, no Ilésin do templo de Obàtàlá-Orixalá, em Ideta-Ilê, em Ilê Ifé. Estas mesmas divindades levam os nomes de Lissá e Mawu, adotados pelos fons. Elas são adoradas no templo do bairro Djena, em Abomey e simbolizam: "Lissá, o princípio masculino, com o oriente, o dia e o sol, e Mawu, o princípio feminino, com o ocidente, a noite e a lua". Mas, na verdade, eles correspondem ao casal Orixalá e Iyemowo e não Orixalá e Odudua.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Lendas de Sàngó

Divindade do fogo e do trovão e da justiça. Rei de Oyó. Tem grande importância nos segmentos do candomblé com origem em terras Yorubá, importância esta representada pelo seu instrumento sagrado chamado Xére - que é tratado e visto com grande respeito por qualquer aborixá (adorador de orixá).

XANGÔ é um Orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém justiceiro, e muito vaidoso. Xangô era muito atrevido e violento, porém, grande justiceiro, sempre castigando os ladrões e malfeitores. Por este motivo diz-se que quem teve morte por raio, ou sua casa, ou negócio queimado pelo fogo, foi vítima da ira ou cólera de Xangô.

Seu símbolo principal é a machada de dois gumes ou dupla (Oxê). Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô, Rei de Oyó, marido de Oyá, Oxum e Oba.

Deus da justiça e do trovão. Patrono da política, da diplomacia, da sedução e da articulação.
Senhor da vida, é o grande Rei entre os orixás.

Iansã, Obá e Oxum são suas esposas. Xangô controla o fogo, porém seu poder só tem efeito se praticado junto com Iansã, de quem Xangô não pode se separar.

Saudação - Caô Cabeci ou Caô Cabecile.
Dia da semana - quarta-feira.
Número - 06 e seus múltiplos.
Cor - branco e vermelho.
Guia - 06 conta vermelha, 06 conta branca.

Oferenda - Amalá (carne de peito bem cozida e desfiada com a mão, mostarda(verdura) cozida no bafo da carne, seis bananas catarinas, uma maçã bem vermelha, pirão de farinha de mandioca bem cozido, um pouco de dendê e seis folhas de mostardas para enfeitar o alguidar ou a gamela).
Adjuntós: Xangô Agandjú Ibedji com Oxum Pandá Ibedji, Xangô Agandjú com Oiá ou Oxum Pandá ou Iemanjá Bocí, Xangô Agodô com Iansã ou
Oxum Olobá
Ferramentas: Balança, machado de duas lâminas, livro, pilão, gamela, búzios e moedas, brinquedos para Xangô Agandjú Ibedji
Ave: Galo Branco
Quatro pé: Carneiro branco

Xangô Agandjú Ibedji: São Cosme e São Damião
Xangô Agandjú: São Miguel Arcanjo
Xangô Agodô: São Jerônimo quando faz adjuntó com Iansã e São João Batista quando faz adjuntó com Oxum Olobá

Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável. Os filhos de Xangô são tidos como grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual assume papel importante em sua vida.
Odùdùa, um guerreiro que vinha de uma cidade do Leste, invadiu com seu exército a capital do povo chamado Ifé. Esta cidade depois se chamou Ifé, quando Odùdùa se tornou seu governante
.

Odùdùa tinha um filho chamado Acambi e Acambi teve sete filhos e seus filhos ou netos foram reis de cidades importantes. A primeira filha deu-lhe um neto que governou Egbá, a segunda foi mãe do Alaketo, o rei de Keto, o terceiro filho foi coroado rei da cidade de Benim, o quarto foi Orungã, que veio a ser rei de Ilê Ifé, o quinto filho foi soberano de Xabes, o sexto, rei de Popôs, e o sétimo foi Oraniã, que foi rei de Oyó.

Esses príncipes eram vassalos do rei de Ilê Ifé, que então se transformou no centro de um grande império, cujo nome era Oyó. Odùdùa era o grande rei de Oyó. Ele unificou as mais importantes cidades daquela região, mais tarde conhecida como sendo a terra dos yorubás.

Em cada cidade ele pôs no trono um parente seu. Ele foi o grande soberano dos reinos yorubás. Ele foi chamado o primeiro Alafim, o rei de Oyó. Quando Odùdùa morreu, os príncipes fizeram a partilha dos bens do rei entre si e Acambi ficou como regente do império até sua morte, nunca tendo sido, contudo, coroado rei do império. Nunca lhe foi atribuído o título de Alafim. Com a morte de Acambi, foi feito rei Oraniã, o mais jovem dos príncipes do império, que tinha se tornado um homem rico e poderoso.

A ancestral Ilé Ifé era a capital dessa vasta região conhecida como Oyó. O Alafim Oraniã foi um grande conquistador e solidificou o poderio de Oyó. Um dia Oraniã levou seus exércitos para combater o povo que habitava uma região a leste de seu império. Era uma guerra muito difícil, mas, antes de ganhar a guerra, o oráculo o aconselhou a estacionar com os seus homens, pois ali ele haveria de muito prosperar.

Assim foi feito e aquele acampamento a leste de Ilé Ifé tornou-se uma cidade poderosa. Essa próspera povoação foi chamada cidade de Oyó e veio a ser a grande capital do império fundado por Odùdùa. Com a morte de Oraniã, seu filho Ajacá foi coroado terceiro Alafim de Oyó.Ajacá, que tinha o apelido de Dadá por causa de seu cabelo encaracolado, era um homem pacato e sensível, com pouca habilidade e nenhum tino para governar.

Dadá-Ajacá tinha um irmão que fora criado na terra dos nupes, um povo vizinho dos yorubás, filho de Oraniã com a princesa Iamassê, embora haja quem diga que a mãe dele foi Torossi, filha de Elempê, o rei dos nupes, também chamados tapas.

Esse filho de Oraniã era Xangô, grande guerreiro, que fundara uma pequena cidade chamada Cossô, nas cercanias da capital Oyó. Xangô, que era o rei de Cossô, uma cidade tributária de Oyó, um dia destronou o irmão Ajacá-Dadá, e o exilou como rei de uma pequena cidade, onde usava uma pequena coroa de búzios, chamada coroa de Baiani. Xangô foi assim coroado o quarto Alafim de Oyó, governando o império de Odùdùa e Oraniã por sete anos.

Quando Xangô morreu, e dizem que foi obrigado a se enforcar num momento de crise de seu império, seus ministros procuraram seu corpo e não encontraram. Compreenderam então que ele tinha entrado para o Orum e instituíram seu culto. Xangô havia se transformado em Orixá.

ORUÔ MAIÔ ORUÔ MAIÔ ATEUÓIA AGODÔ MAIÔ ATEUÓIA AGODÔ MAIÔ
ORUÔ MAIÔ ORUÔ MAIÔ ATEUÓIA AGODÔ MAIÔ ATEUÓIA AGODÔ MAIÔ

ORUÔ OGUM NABÔ EBÔ ELEFA ORIXÁ ORUÔ OGUM NABÔ EBÔ ELEFA ORIXÁ
ORUÔ OGUM NABÔ EBÔ ELEFA ORIXÁORUÔ OGUM NABÔ EBÔ ELEFA ORIXÁ

AGANJÚ ECO ILE CORUMÃ A CORUMÃ AGANJÚ ECO ILE CORUMÃ A CORUMÃ
AGANJÚ ECO ILE CORUMÃ A CORUMÃ AGANJÚ ECO ILE CORUMÃ A CORUMÃ

AGANJÚ ECO ILE ERUM GUÉGUÉ ERUM GUÉGUÉ AGANJÚ ECO ILE ERUM GUÉGUÉ ORÚ ODÔ
AGANJÚ ECO ILE ERUM GUÉGUÉ ORI XANGÔ AGANJÚ ECO ILE ERUM GUÉGUÉ ORI XANGÔ

OGODOCI EMIREMI AGANJÚ
ANISSAÓRA OGODOMAN EMIREMI XANGÔ AGANJÚ ANISSAÓRA
OGODOCI EMIREMI AGANJÚ ANISSAÓRA OGODOMAN EMIREMI XANGÔ AGANJÚ ANISSAÓRA

OGUNTAÔ
ANISSAÓRA

ALADE Ô
LAUMQUERÊ

OBOMORÉ
QUEREQUE OBOMORÉ QUEREQUE

XORORO ONIBOCO
XORORO ONIBOCO

MACUN ERÊ
ARA MACUN ERÊ ARA

CALULU CALUNUDÊ
AUÊ CALUNUDÊ

AGODÔ SALA SALA SALO
EQUEBOREUÁ AGODÔ SALA SALA SALO EQUEBOREUÁ

ONIPENI OBÁ
ABADÔ ONIPENI OIÁ BADÔ

FARANHÁLA SAFAMODÉ
OIÁ BADILE ARANHÁLA SAFAMODÉ

OIÁ BADAÔ CABELI LUDE Ô
OIÁ BADAÔ CABECI LUDÊ

AGANJÚ ECO EREPÊ
AGANJÚ ECO FARANHÁ

MODIRÊ MODIBA
CAÔ CABELECILE MODIRÊ MODIBAU

CÂO
CABECILE

MANA MANA BELOQUÊ
ALIANÇA É BILOIÁ

NAGORÔ NAGOACHAORO
AGÔ IEIE


MODIBAU
LAI LAI MODIBAU AUÊ LAI MODIBAU LAI LAI MODIBAU AUÊ

LAI LAI GUIACHAORÔ
LAI LAI GUIACHAORÔ

:::::::::::::::::::::::AXÉ DA BALANÇA::::::::::::::::::::::

BABA OENITE ÉUM ABÉ Ô Ô
ANICÉU ABA ORÔ
ELISSÔ GODÔ ACARAÔ ANICÉU ANICÉU
ELISSÔ GODÔ ACARAÔ ANICÉU ANICÉU
ABÉO Ô Ô
ANICÉU ANICÉU
BABA OENITE ÉUM ABÉ Ô Ô
ANICÉU ABA ORÔ

LOCUNDÊ Ô
ARA DECUM DECUM DECÁ

ACHACHA BABALOFINA ONI XANGÔ ACHACHA BABALOFINA ONI XANGÔ
AÊ EAÊ AÊ EAÊ

CALUNUDÊ CAÔ LUDÊ ONI CAÔ CABELECILE ÂUE É DE CAÔ CABELECILE ÂUE
CALUNUDÊ CAÔ LUDÊ ONI CAÔ CABELECILE ÂUE É DE CAÔ CABELECILE ÂUE

ALIANÇA É PARAMÁ ALIANÇA DE OGUMLÓ
ALIANÇA É PARAMÁ ALIANÇA DE OGUMLÓ

SOBOÊ SOBOÊ AMORISSÔ SOBODOIRE MOCEQUÉ AÊ AMORISSÔ
SOBOÊ SOBOÊ AMORISSÔ SOBODOIRE MOCEQUÉ AÊ AMORISSÔ

BABAICO
BABÁ
BABAICO
AMOCEQUÉ
BABAICO
BABÁ

ONI XANGÔ BAÍ OIÁ DOCÔ AGANJÚ CABELECILE ONI XANGÔ BAÍ
ONI XANGÔ BAÍ OIÁ
DOCÔ AGANJÚ CABELECILE ONI XANGÔ BAÍ

BAIÁ QUE BAIAIO
BAIÁ QUE BAIAIO

ONI SOBO ELAUÊ
SOBO LAI LAI ONI SOBÔ ELAUÊ SOBÔ LAI LAI

ONI SOBÔUNDÊ
LA CAUM ALAUNDÊ AÊ AÊ LA CAUM ALAUNDÊ

BAIA NAGOMBÉ XANGÔ BAIA NAGOMBÉ BAIA NAGOMBÉ XANGÔ BAIA NAGOMBÉ Ô
BAIA NAGOMBÉ XANGÔ BAIA NAGOMBÉ BAIA NAGOMBÉ XANGÔ BAIA NAGOMBÉ Ô

QUERERE UATE UAIO
BÉLE BELEBESSISSE

Kàó Kàbécìlé !!!